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Dos objetivos do Psol
Art. 5º - O Partido SOCIALISMO E LIBERDADE desenvolverá ações com o objetivo de organizar e construir, junto com os trabalhadores do campo e da cidade, de todos os setores explorados, excluídos e oprimidos, bem como os estudantes, os pequenos produtores rurais e urbanos, a clareza acerca da necessidade histórica da construção de uma sociedade socialista, com ampla democracia para os trabalhadores, que assegure a liberdade de expressão política, cultural, artística, racial, sexual e religiosa, tal como está expressado no programa partidário.Art. 6º - Coerente com o seu Programa, o Partido SOCIALISMO E LIBERDADE é solidário a todas as lutas dos trabalhadores do mundo que visem à construção de uma sociedade justa, fraterna e igualitária, incluindo as lutas das minorias, nações e povos oprimidos.
Estatuto do Partido Socialismo e Liberdade
Arquivo do dia: 6 06-03:00 outubro 06-03:00 2011
“O rei está nu!”
Por Rodrigo Dantas
“Nas últimas semanas, ruas e praças foram tomadas por milhares de pessoas que protestam contra o governo”. Uma notícia como esta poderia se referir hoje a dezenas de países: Azerbaijão, Chile, China, Espanha, EUA, Filipinas, Grécia, Indonésia, Israel, Itália, Portugal, Reino Unido, Rússia, Tailândia, Bahrein, Egito, Jordânia, Marrocos, Líbia, Síria, Palestina, Tunísia, Iêmen etc. O ano de 2011 ainda não chegou ao fim, mas será lembrado pela derrubada dos governos da Tunísia e do Egito e o início da Revolução Árabe. Este ano de 2011 será lembrado ainda por marcar o início das ocupações de praças e dos grandes protestos na Europa, na esteira da maior crise do capitalismo mundial no pós-guerra, em que o “Pacto do Euro” pretende rebaixar salários e aposentadorias, cortar gastos e serviços públicos, privatizar o que resta para ser privatizado e liquidar o que sobrou do Estado Social para alimentar o sistema rentista e parasitário da divída estatal.
A se julgar pelo que nos educou nas últimas décadas, algo está “fora da ordem” que nos ensinaram a imaginar como a única possível. Durante décadas, ouvimos da mídia e da maioria dos ideólogos e intelectuais que estaríamos destinados a uma longa era de prosperidade econômica e estabilidade política global. Durante décadas, aprendemos que a sociedade de mercado seria a forma natural da sociabilidade humana; sua globalização, na esteira da restauração do capitalismo na URSS, no Leste Europeu e na China, estaria destinada a desenvolver as forças produtivas, incorporar bilhões de pessoas ao consumo de massas e inaugurar uma era em que os progressos que haviam sido feitos na Europa, nos EUA e no Japão seriam estendidos a todo o mundo na “sociedade do conhecimento”. Durante décadas, foi este o discurso dos intelectuais, dos políticos, dos governos, da universidade e dos meios de comunicação. Durante décadas, ouvimos o eco deste discurso na voz de figuras como Michel Foucault, Jürgen Habermas e todos que alardearam a necessidade da criação de uma nova esquerda. Durante décadas, ouvimos o eco deste discurso na voz de muitos daqueles que foram os partidos, intelectuais e dirigentes da revolução. Se suas previsões tivessem se confirmado, as pessoas não teriam motivo para ir às ruas, e não estaríamos em meio àquela que está caminhando para se tornar a maior crise da história do capitalismo mundial.
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